Benjamin Banneker

Benjamin Banneker (9 nov, 1731 – 19 out, 1806) nasceu no condado de Baltimore, Maryland. Filho de uma mãe afro-americana livre e um pai que antes havia sido escravizado. Praticamente não teve educação formal e era autodidata, especialmente em astronomia e matemática. Embora mais conhecido como cientista, também possuía vários outros talentos que lhe trouxeram destaque como escritor, compilador de almanaques, agrimensor, inventor e defensor dos direitos civis.
Banneker tornou-se um herói popular após sua morte, levando a muitos relatos de sua vida sendo exagerados ou embelezados. Vários nomes de parques, escolas, ruas, dentre outras, prestaram homenagens a ele e suas obras.
Retrato em xilogravura de Benjamin Banneker, provavelmente idealizado, disponível em seu almanaque de 1795.
"Nunca abandone sua visão. Continue seguindo em frente para alcançar seus sonhos."
— Benjamin Banneker
Vida
Aos 22 anos, projetou e construiu um relógio funcional sem ter uma única lição ou livro sobre o assunto. O dispositivo era de madeira e batia a cada hora. Pessoas viajavam quilômetros para ver tal invenção.
Réplica do relógio desenvolvido por Benjamim Banneker.
Usando sua compreensão de trigonometria e astronomia, previu com precisão um eclipse solar em 14 de abril de 1789, contradizendo as previsões de proeminentes matemáticos e astrônomos da época. Divulgou que a estrela de Sirius na verdade são duas estrelas em vez de apenas uma. No entanto, sua hipótese só foi confirmada dois séculos mais tarde pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA.
Banneker também foi um apaixonado defensor dos direitos civis. Em 1791, escreveu uma carta ao então secretário de Estado e futuro presidente do Estados Unidos, Thomas Jefferson, onde discutiu a visão do estadista sobre a escravidão e como ela contradiz a Declaração de Independência.
"A cor da pele não tem nenhuma ligação com a força da mente ou a capacidade intelectual."
— Benjamin Banneker
Morreu aos 74 anos em 1806. Durante o funeral, sua habitação foi incendiada e seu relógio destruído - funcionou por mais de 50 anos.
"O Sr. Banneker é um exemplo proeminente para provar que um descendente da África é suscetível de tão grande aprimoramento mental e profundo conhecimento dos mistérios da natureza quanto o de qualquer outra nação."
— Obituário de Benjamin Banneker
Em 1980, o Serviço Postal dos Estados Unidos emitiu um selo de primeira classe em homenagem a Benjamin Banneker. A roupa é típica da época, mas não há registro de seu rosto.
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